Um dos maiores nomes da arquitetura moderna brasileira, o arquiteto e urbanista Sérgio Bernardes, completaria esse mês 98 anos.
Amplamente conhecido por seus projetos residenciais, o arquiteto carioca, entretanto, não teve uma produção restrita apenas a este tipo de obra, trabalhando também com design de mobiliário, projeto de edifícios e masterplans.
Sérgio Wladimir Bernardes nasceu 1919 no Rio de Janeiro. Seu interesse na arquitetura é precoce; a Casa Eduardo Bahout, 1934, o seu primeiro projeto, é construída cinco anos antes de seu ingresso na Faculdade Nacional de Arquitetura – FNA, onde se forma em 1948. Ainda na faculdade, um ano antes de se formar, seu projeto para o Country Club de Petrópolis, foi publicado na revista francesa L’Architecture d’Aujourd’hui, em edição dedicada à nova arquitetura brasileira.
Após graduar-se, trabalha com Lucio Costa e Oscar Niemeyer no início de sua carreira, sendo coautor de obras representativas como o projeto do pavilhão brasileiro na Feira Mundial da Bélgica em 1958, do Pavilhão de São Cristóvão e do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
Suas experimentações relacionadas aos materiais e métodos construtivos, criados e/ou desenvolvidos muitas vezes por ele mesmo, são reconhecidamente inovadoras. Ganhou diversos prêmios dentre os quais, em 1953, o Prêmio Jovem Arquiteto Brasileiro na 2ª Bienal de São Paulo com a Residência de Lota Macedo Soares; em 1954, a Trienal de Veneza com a Residência de Helio Cabal; e em 1958, com o Pavilhão da Feira internacional de Bruxelas, venceu em todas as categorias o que o levou a receber a condecoração de Chevallier de La Courone Belge.
Como livre pensador, dedicou-se ao longo de sua trajetória à produção, criação, à crítica, às reflexões e experimentações que transitavam por diferentes campos e tocavam as mais variadas escalas. Em 1974, criou o L.I.C. – Laboratório de Investigações Conceituais, com o objetivo de desenvolver estudos e pesquisas sobre os mais variados temas.
Entre suas obras mais importantes estão a Casa Lota de Macedo Soares (1951), o Pavilhão brasileiro na Feira Mundial da Bélgica (1958), o Hotel Tropical em Tambaú (1966) e o Palácio da Abolição (1970).
Fonte: itaucultural/bernardesarq